Por algum tempo, o homem usou
recursos naturais como pedras, gravetos e marcas em areia e em pedras para
fazer registro de quantidades. Essa necessidade fez com que criasse
instrumentos para fazer cálculos (palavra originada do latim calculus, que significa pedra pequena).
Foi criada então a
tábua para fazer cálculos hoje conhecida como ábaco: há mais de 2.500 anos, um
chinês (não se sabe quem) criou o Suan-pan, porém o ábaco mais difundido foi o
japonês, com o nome de Soroban.
O Soroban é
importante para a realização de cálculos e faz com que a pessoa pense sobre
seus processos mentais, desenvolvendo assim a memória e raciocínio
lógico-matemático, exercitando sua capacidade de observar, perceber, sentir,
concentrar, memorizar, seriar, comparar, classificar, relacionar, deduzir,
criticar, julgar, transferir, generalizar e, enfim, todas as operações mentais
que promovem moderação, contenção, disciplina, segurança, e sobretudo, o
equilíbrio entre o pensamento e a ação.
Embora seja milenar,
o ábaco ainda é pouco conhecido entre as pessoas, pois a rapidez de cálculos
efetuados pelas calculadoras ou por softwares faz com que elas optem pelo mais
fácil.
O Soroban é uma
ferramenta muito utilizada pelo deficiente visual para a realização de
cálculos, em um modelo adaptado, mas muitos preferem as novas tecnologias. No
entanto, a utilização de outros recursos para calcular faz com que alguns
procedimentos do nosso sistema mental de numeração acabem sendo esquecidos.
O ábaco no ensino fundamental
O Soroban deveria
ser usado por todos os alunos das escolas públicas e privadas, deficientes
visuais ou não, pois ajuda muito na reflexão sobre o sistema de numeração e na
realização das operações fundamentais.
A frequência do uso
do ábaco aumenta a rapidez para fazer cálculos mentais, fundamental para o
deficiente visual e de grande importância para os demais alunos. Contudo, o
grande impedimento para isso e talvez o maior desafio seja fazer com que os
professores de matemática conheçam e entendam esse instrumento, que aprendam a utilizá-lo
e deem a devida importância para fazer uso dele nas salas de aula.
No Japão, as
crianças aprendem a usá-lo na escola e quem ensina garante que o estudo do
Soroban ajuda as crianças a desenvolver o raciocínio lógico, concentração e
disciplina.
Tendo em vista ser a
construção do pensamento lógico-matemático inerente à própria vivência da
criança por meio de jogos e brincadeiras, a formação do conceito de número não
ocorre por meio da repetição mecânica dos numerais. Tal construção vai
ocorrendo progressivamente por meio dos estágios cognitivos vivenciada no
dia-a-dia.
Os elementos
primordiais envolvidos na formação do conceito de número são:
Classificação, Seriação/Ordenação
Sequencia Lógica;
Contagem (em diferentes bases);
Inclusão de Classe;
Intersecção de Classe;
Conservação.
Portanto, através do
trabalho com o ábaco, o aluno amplia sua capacidade de aprendizado e desenvolve
competências fundamentais para os dias atuais, como concentração, coordenação
motora, agilidade de raciocínio, raciocínio lógico, pensamento lateral,
percepção e compreensão das semelhanças entre a linguagem e o registro em
matemática.
Referências Bibliográficas.
Referências Bibliográficas.
http://metodosupera.com.br/saude-mental/a-origem-e-a-importancia-do-abaco/
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